sábado, 27 de agosto de 2011

MACUNAÍMA (1969/Joaquim Pedro de Andrade)

MACUNAÍMA (1969)
É um filme brasileiro baseado no livro de mesmo nome,do escritor modernista Mário de Andrade é considerado um dos livros mais importantes da história da literatura de nosso país. A obra, que critica o romantismo e traz um indianismo moderno sob uma ótica mais cômica, faz uso de lendas e mitos indígenas, registrando um pouco do folclore brasileiro. Sua estrutura inovadora para época, com um enredo atemporal marca a obra com tendências surrealistas, cheias de fantasias. Macunaíma traz o personagem principal, que leva o nome do livro, em uma posição de anti-herói, representando o povo brasileiro por ser um índio com fortes atrações para a cidade de São Paulo. Uma das principais características do personagem é a preguiça, marcado pela frase “Ai, que preguiça!”.
E conta com as excelentes atuações de Grande Otelo e Paulo José. Uma alegoria fantástica da cultura nacional, ótimo filme!


domingo, 21 de agosto de 2011

Maratona: Matrix, a Trilogia

The Matrix
The Matrix é uma produção cinematográfica estado-unidense eaustraliana de 1999, dos gêneros ação e ficção científica, dirigido pelos irmãos Wachowski e protagonizado por Keanu Reeves e Laurence Fishburne. Matrix foi escrito como uma trilogia (Matrix, Matrix Reloaded, Matrix Revolutions). Todos os filmes viraram sucesso de bilheteria. Os fãs do estilo cyberpunk consideram a trilogia inteira uma obra prima. Matrix é uma obra de arte multimídia, a história inteira do universo Matrix está presente nos 3 filmes, em 9 desenhos animados, chamados Animatrix (o primeiro desenho conta uma história que se passa entre o primeiro e o segundo filme da trilogia), em histórias em quadrinhos (lançadas apenas nos Estados Unidos) e no jogo Enter the Matrix(que completa a história do filme Matrix Reloaded).
Entenda a trilogia em 6 minutos!
O editor Jonathan Kiwanuka utiliza cenas dos três filmes e elabora uma edição cujo propósito e explicar a trilogia em pouco mais de 6 minutos.
Filme 1: Matrix   >> Download <<

Em um futuro próximo, Thomas Anderson (Keanu Reeves), um jovem programador de computador que mora em um cubículo escuro, é atormentado por estranhos pesadelos nos quais encontra-se conectado por cabos e contra sua vontade, em um imenso sistema de computadores do futuro. Em todas essas ocasiões, acorda gritando no exato momento em que os eletrodos estão para penetrar em seu cérebro. À medida que o sonho se repete, Anderson começa a ter dúvidas sobre a realidade. Por meio do encontro com os misteriosos Morpheus (Laurence Fishburne) e Trinity (Carrie-Anne Moss), Thomas descobre que é, assim como outras pessoas, vítima do Matrix, um sistema inteligente e artificial que manipula a mente das pessoas, criando a ilusão de um mundo real enquanto usa os cérebros e corpos dos indivíduos para produzir energia. Morpheus, entretanto, está convencido de que Thomas é Neo, o aguardado messias capaz de enfrentar o Matrix e conduzir as pessoas de volta à realidade e à liberdade.

Filme 2: Matrix Reloaded   >> Download <<
Após derrotar as máquinas em seu combate inicial, Neo (Keanu Reeves) ainda vive na Nabuconodosor ao lado de Morpheus (Laurence Fishburne), Trinity (Carrie-Anne Moss) e Link (Harold Perrineau Jr.), o novo tripulante da nave. As máquinas estão realizando uma grande ofensiva contra Zion, onde 250 mil máquinas estão escavando rumo à cidade e podem alcançá-la em poucos dias. A Nabucodonosor é convocada para retornar a Zion, para participar da reunião que definirá o contra-ataque humano às máquinas. Entretanto, um recado enviado pelo Oráculo (Gloria Foster) faz com que a nave parta novamente, levando Neo de volta à matrix. Lá ele descobre que precisa encontrar o Chaveiro (Randall Duk Kim), um ser que possui a chave para todos os caminhos da matrix e que é mantido como prisioneiro por Merovingian (Lambert Wilson) e sua esposa, Persephone (Monica Bellucci).

Filme 3: Matrix Revolution  >> Download << 
Após enfrentar os sentinelas no mundo real, Neo (Keanu Reeves) tem sua mente presa em um local que fica entre a Matrix e a realidade, do qual apenas poderá sair com a ajuda de Trainman (Bruce Spence). Após perceberem que as ondas cerebrais de Neo são idênticas as de uma pessoa conectada à Matrix, Trinity (Carrie-Anne Moss) e Morpheus (Laurence Fishburne) buscam a ajuda da Oráculo (Mary Alice) e Seraph (Sing Ngai). Trinity, Morpheus e Seraph vão em busca de Merovingian (Lambert Wilson), que possui controle sobre Trainman e pode libertar Neo. Após obterem sucesso no resgate, o trio se divide em duas missões: enquanto Morpheus e a tripulação de duas naves parte rumo a Zion, na tentativa de ajudar no combate contra as máquinas, Neo e Trinity se dirigem à cidadela das máquinas.

Tenha uma ótima Maratona!

quarta-feira, 3 de agosto de 2011

Amores Imaginários (2010/ Xavier Dolan)

Amores Imaginários (2010)
Pense num filme moderninho, casaquinhos da moda, vestidinhos retrô. Pensou? Agora duplique. Ou triplique. O fato é que o canadense Amores Imaginários, de Xavier Dolan, selecionado este ano da mostra Un Certain Regard, em Cannes, é certamente, entre todos os filmes do Festival do Rio, o título mais redondo para a turma que curte um combo cinema à noite + festa com trilha sonora indie na casa de algum conhecido (ou desconhecido) publicitário.
No entanto, o que poderia ser um sem fim de clichês sobre jovens em crises existenciais de 140 caracteres acaba se transformando em uma divertida brincadeira e uma ironia sobre uma verdade que atravessa gerações e gerações de jovens: se apaixonar pode até ser um caminho sem volta, mas se você olhar de lado, sempre haverá uma esquina para dobrar.
A história sobre mais um triângulo amoroso que se funda na admiração quase religiosa de duas pessoas pelo terceiro vértice pode entrar facilmente na lista dos melhores ménàge a trois do cinema contemporâneo. E o mérito disso é 90% de Xavier Dolan, um jovem de 21 anos que responde não apenas pela direção e roteiro do filme, como vive um dos personagens apaixonados dessa história. Dolan, que interpreta no cinema desde criança, tem aqui seu segundo trabalho de direção e consegue com Amores Imaginários criar uma obra extremamente bem-humorada, leve e cheia de papéis de parede.No filme, ele é Xavier, gay, bem vestido e carente. 


Xavier é melhor amigo de Marie (Monia Chokri), heterossexual, bem vestida e carente. Em uma dessas festinhas na casa de um amigo em comum, eles conhecem e se apaixonam por Nicolas (Niels Schneider), um menino de sorriso absolutamente encantador, um olhar entre o triste e o sexy e cachinhos dourados que completam esse figurino David de Michelangelo.Nicolas é aquele tipo com quem você já cruzou em alguma festa: ele adora ser observado, dissecado e sugado pelos olhos de quem o coloca em um pedestal. E enquanto joga todo seu charme de menino ingênuo e cru em sua beleza, se despede de seus admiradores com uma única certeza: de que ele está sempre apaixonado pelo seu próprio reflexo.


Dolan joga câmeras lentas, filtros de cores fortes, fotografia de blogs afetivos e uma trilha sonora obviamente e fantasticamente indie. Tudo em cena é pensado para ser "cool" e esperto, da armação dos óculos até a xícara de porcelana, passando por uma inevitável máquina de escrever. Por cima dessa estética da modernidade que paira sobre nós, diálogos inteligentes e criativos. Como se não bastasse, a história central do triângulo amoroso é intercalada por depoimentos do tipo "reality show" de outros jovens relatando suas desventuras amorosas com confissões do tipo: "e quando finalmente vem um novo mail na minha caixa de entrada, a mensagem não é dele, é da Amazon".Tudo isso poderia pesar contra o filme, afinal de contas, as referências são excessivas e pagariam um preço alto para a construção dos personagens não fossem eles todos paródias de si próprios. Ou, como diria uma personagem: "você não se apaixona por uma pessoa, mas sim pelo conceito dela".


Amores Imaginários pode até tocar em um ou outro ponto fraco de sua memória amorosa, mas ele está longe de ser um drama metido a sabido. Aliás, o filme é sabido (e sábio) justamente porque não faz drama. Trata-se de uma comédia de costumes, a História da Vida Privada tal como a conhecemos depois de algumas doses de vodca ou maços de cigarro.O que nos leva a uma nova conclusão que atravessa gerações e gerações de cronistas: viver é saber se apaixonar, mas para sobreviver a essas paixões, só mesmo com senso de humor.
Por CAROL ALMEIDA - cinema.terra.com.br

sexta-feira, 29 de julho de 2011

A Vida Secreta das Abelhas (2008/Gina Prince-Bythewood)

A Vida Secreta das Abelhas (2008)
Carolina do Sul, 1964. Lily Owens (Dakota Fanning) é uma garota de 14 anos atormentada pelas poucas lembranças que tem da mãe falecida em um trágico acidente causado por ela. Decidida a fugir da solidão e do relacionamento complicado com o pai, T. Ray (Paul Bettany), Lily foge de casa com sua empregada Rosaleen (Jennifer Hudson) e segue a única pista que pode levar ao passado de su mãe numa pequena cidade do interior. Lá ela conhece August (Queen Latifah), a mais velha das irmãs Boatwright, dona de um tradicional apiário da cidade e que também conhece alguns segredos do passado de sua mãe.

O Labirinto do Fauno (2006/Guillermo Del Toro)

O Labirinto do Fauno (2006)
O cineasta Guillermo Del Toro apresenta uma fábula sombria recheada de metáforas e alegorias. Além de ser puro entretenimento, o longa também é uma ótima refeição mental para os cinéfilos e amantes da literatura fantástica. É fácil encontrar referências a filmes como O Iluminado, A Lenda do Cavaleiro Sem Cabeça, O Mágico de Oz, Hellboy(do próprio Del Toro) e livros como Alice no País das Maravilhas e as fábulas de Hans Christian Andersen e dos Irmãos Grimm.

O filme abre com uma pequena narração sobre uma princesa que abandonou seu reino subterrâneo para conhecer a realidade humana e as conseqüências de seu ato. Depois disso conhecemos Ofelia (Ivana Baquero), uma menina de 10 anos fascinada por livros de contos e fábulas com fadas. Ela está viajando junto com a sua mãe Carmen (Ariadne Gil) para o campo, onde vai encontrar seu padrasto, Vidal (Sergi Lopez). Ele é o capitão das forças fascistas do general Franco, que governa a Espanha em favor dos ricos e poderosos com a aprovação da Igreja Católica. Logo de cara percebemos que Vidal é um homem extremamente sádico e que maltrata Ofelia.
Aos redor de sua nova casa, a menina encontra um labirinto que leva a uma trilha subterrânea. Lá ela conhece o Fauno (o mímico Doug Jones), uma criatura metade humana, metade bode, que a convence de que ela é a princesa perdida do reino subterrâneo e que precisa realizar três tarefas para retornar para seu reino. Ao mesmo tempo em que Ofelia embarca nessa viagem repleta de fantasia, Vidal não poupa esforços e sadismo para exterminar os rebeldes que ameaçam o governo.

segunda-feira, 25 de julho de 2011

Nascidos em Bordéis (Zana Briski/2004)

Nascidos em Bordéis (2004)
Este ganhador do Oscar, mostra a vida de crianças do bairro da Luz Vermelha, em Calcutá. O aparente enriquecimento da Índia deixa de lados os menos favorecidos. Porém, ainda há esperanças. Os documentaristas Zana Briski e Ross Kauffman procuram essas crianças e munido de câmeras fotográficas pede para elas fazerem retratos de tudo que lhes chamam a atenção. Os resultados são emocionantes E enquanto as crianças vão descobrindo essa nova forma de expressar, os cineastas lutam para poder dar mais esperança, para as quais a pobreza é a maior ameaça à realização dos sonhos.

Fonte: interfilmes.com

Diarios de Motocicleta (Walter Salles/2004)


Diários de Motocicleta (Walter Salles/2004)
[diarios-de-motocicleta.jpg]
Filme de 2004, com direção de Walter Salles, traz a história da viagem de Che Guevara (Gael García Bernal) e seu amigo Alberto Granado (Rodrigo De la Serna) pela América do Sul, em cima de um motocicleta Norton 500.A música escolhida deste post ganhou o Oscar de Melhor Canção Original. Vale ressaltar que esta é a primeira música em espanhol que recebeu este prêmio. Sua composição é de Jorge Drexler, cantor uruguaio bastante conhecido.O filme concorreu ao Oscar de Melhor Roteiro Adaptado (feito por Jose Rivera), mas infelizmente não ganhou. O longa se baseou em dois livros: "Notas de Viaje" (do Che Guevara) e "Con el Che por America" (do Alberto Granado) - ou seja, os protagonistas do enredo. Através de uma linguagem simples e direta, trata de temas muito bonitos de forma bastante delicada. No final, transmite uma mensagem bem legal. Posições políticas não são relevantes no longa, pois ele mostra o Ernesto antes de se tornar El Che.


Trilha Sonora